Expedição encontra anta brasileira considerada extinta na Caatinga


Na Caatinga, a anta brasileira era considera extinta. Cientistas agora provaram que o animal segue vivo na região; saiba detalhes

Por Gabriel Andrade

Considerada desde 2012 extinta na Caatinga brasileira, esta anta brasileira foi reencontrada graças a uma expedição para a conservação deste animal. A missão, realizada pela Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Incab/Ipê), revelou a presença desse mamífero em um dos biomas mais áridos do País.
A anta brasileira (Tapirus terrestris) é um mamífero herbívoro de porte imponente, conhecido por sua aparência robusta e focinho alongado. No entanto, nas últimas décadas, sua população tem diminuído drasticamente devido à caça ilegal, perda de habitat e conflitos com atividades humanas.

Na Caatinga, um bioma semiárido que abrange parte do Nordeste brasileiro, a anta estava praticamente extinta. Os cientistas acreditavam que não havia mais indivíduos vivos na região. No entanto, a recente expedição liderada pela Incab/Ipê trouxe uma surpresa.

Esta é a segunda expedição para tentar encontrar sinais da anta brasileira. A primeira missão de 2023 percorreu 10 mil quilômetros, durante 31 dias e entrevistou os moradores das comunidades locais. Já em 2024, os pesquisadores partiram para aprofundar as investigações sobre a presença atual da anta no oeste da Bahia, particularmente na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Preto.

Os pesquisadores da Incab, em parceria com especialistas locais, realizaram uma busca minuciosa na Caatinga. Com câmeras de armadilhagem e conhecimento científico, eles vasculharam as áreas remotas em busca de sinais da anta. E, para alegria de todos, encontraram evidências concretas da presença desses animais.

No decorrer dos últimos 20 dias, nossa equipe percorreu mais de cinco mil quilômetros e pudemos constatar de forma bastante definitiva que Sim, a anta está presente da Caatinga!”, diz o Incab em um post nas redes sociais.

Fonte: Giz Brasil